A Cooperativa Social Especial CrêSer tem por objetivos o atendimento de jovens e adultos com deficiência mental, maiores de 21 anos, oferecendo-lhes espaço de trabalho, de produção e de geração de renda. Além disso, a CrêSer oferece um espaço de Educação de Jovens e Adultos através de uma parceria com a Prefeitura de Porto Alegre
A Cooperativa CrêSer realizou diversas atividades durante a Semana Farroupilha: visita ao Acampamento Farroupilha no parque Harmonia, montagem de um piquete na sua própria sede, roda de chimarrão, com direito a conto de causos e cantorias com a presença do gaiteiro Vitor, fandango e preparação do carreteiro de charque.
Com curiosidade e alegria, realizamos aprendizagens sobre a nossa cultura gaúcha bem como (re) vivemos as nossas tradições.
Dia 15 de Setembro foi o dia do 5º Batizado Capoeira Para Crescer.
Este projeto tem a coordenação do Mestre Delmar e oferece há 6 anos, gratuitamente, aulas de capoeira para alunos com necessidades especiais da Cooperativa CrêSer. Voltado à inclusão social por meio do esporte, é fruto da parceria entre a Associação Esporte Nacional Capoeira e a Krim Bureau Brasil, e com o incentivo do Programa Municipal de Apoio e promoção do Esporte (Proesporte) da Secretaria Municipal de Esportes, Recreação e Lazer.
No batizado, ocorrido sábado no Clube Farrapos e patrocinado pela Força Sindical, estiveram presentes Mestres e capoeiristas parceiros, alunos, familiares e amigos.
Em comemoração ao dia mundial do meio ambiente diversas atividades estão sendo programadas para o mês de junho, entre elas:
ØDia 12: Ocupação da praça e Palestra Leda Schneider e palestra do Comando Ambiental da Brigada
ØDia 13: Palestra sobre os índios Guarani, com a professora Rosemary Madernel Madeira, que fez sua pesquisa de mestrado com essa comunidade indígena
Ø Dia 20: Visita à Aldeia Kaingang.
ØExibição de filmes e documentários.
ØPoda das árvores frutíferas.
Ø Reinauguração da Mandala.
ØDecifrando o novoCódigo Florestal.
ØRio +20 Construindo a Cúpula dos Povos.
ØE muito mais...
Palestra do Comando Ambiental da Brigada
Animais Taxidermizados
Professora Neca se puxando na Bicicleta!!
Atividades físicas coletivas na praça em frente
à CrêSer (Praça Leda Schneider)
Prof. Fátima coordenando a atividade
Profª. Rosemary Modernel Madeira nos contando sobre a cultura Guarani
Dança Guarani (dança só para mulheres).
Alunos trabalhando na Mandala!
Visita à Aldeia Kaingang na Lomba do Pinheiro
Cacique Felipe nos contando sobre a história do seu povo
Artesanato Indígena Kaingang
Conversa em Kaingang
Lanche Coletivo
Avaliação dos Alunos
RELATÓRIO DA VISITA À ALDEIA KAINGANG
Só os caciques conversaram com a gente. Podia ter vindo outras pessoas, as mulheres podiam ter falado. Nos contaram que antes eles moravam em tendas e casas de barro. Depois é que conseguiram dinheiro pra fazer as casas boas. Eles fazem os instrumentos deles e o artesanato. As mulheres montaram as bancas pra vender os colares e as pulseiras. Eles contaram a história deles, falaram sobre o índio que botaram fogo lá em Brasília. Lá na aldeia tem um cemitéro só deles, só índio pode ser enterrado lá.
Organização das atividades da semana: professores e alunos
10:30
Atividades normais
Seminário sobre trabalho. Palestrantes:
Sra. Maria Terezinha (mãe da Fátima e do Delmar);
Carmen Carboni (presidente da CrêSer e mãe da Tais);
Carlos Cabreira – DMLU (pai do Carlos);
Assistir e debater o vídeo
“Trabalhador brasileiro”.
Este trabalho foi elaborado pelos alunos de EJA nas aulas de educação física, a partir da reflexão sobre o trabalho que fazem na CrêSer e apresentado no final de 2009.
* Comemoração dos 12 anos da CrêSer;
* Homenagem às mães
OBS: no turno da tarde as atividades seguem normais.
Esta é uma atividade realizada, anualmente, em comemoração ao dia 01 de maio. Neste ano, excepcionalmente, devido à agenda apertada da CrêSer, a comemoração foi transferida para o final do mês de maio. O principal objetivo da "Semana do Trabalhador" é discutir as questões pertinentes ao mundo do trabalho e as suas implicações no cotidiano de todos. Também busca valorizar o trabalho desenvolvido na Cooperativa por jovens, pais, colaboradores etc.
SEMINÁRIO SOBRE TRABALHO 29/Terça
Aluno Rodrigo fazendo a abertura do Seminário.
Carlos Cabreira – DMLU (pai do Carlos)
Sra. Maria Terezinha (mãe da Fátima e do Delmar)
Carmen Carboni (presidente da CrêSer e mãe da Thais)
Aluna Tatiani entregando uma lembrança aos participantes do Seminário
Avaliação do Seminário feita pelos Alunos:
No começo deu uma “correria” pois faltaram alguns colegas que tinham tarefas a cumprir e tivemos de substituir por outros. Mas conseguimos nos organizar.
O seu Carlos falou sobre o trabalho dele no DMLU, disse que a gente tem que cuidar pra não colocar o lixo na rua fora do horário, inclusive no domingo, pois não passa caminhão de lixo. Ficamos de combinar pra ele voltar aqui outro dia pra falarmos um pouco mais sobre algumas coisas que temos dúvidas.
A dona Maria Terezinha contou que trabalhou muito tempo como camareira no hotel Everest, quando conheceu o Roberto Carlos, o Jerry Adriani, a Maria Betânia...ela disse que os artistas pediam pra que ela cuidasse dos quartos deles e que davam boas gorjetas pra ela. Quando era vendedora de livros teve de jogar o sapato fora, jogou no Dilúvio, pois estava machucando os pés dela.
Já a dona Carmen contou como trabalhou desde pequena, primeiro cuidando dos irmãos menores, cuidava o sol no chão pra assoviar chamando a mãe, foi mordida por um cachorro raivoso, foi mordida por cobra. Em porto alegre trabalhou como doméstica, tinha que dormir em cima de uns papelões no chão de um banheiro e trabalhou como enfermeira na Santa Casa...
Nós achamos que foi bem bom o Seminário, ficamos tranqüilos sem o lanche e o recreio, as mães é que ficavam saindo pra tomar cafezinho e comer biscoito. Duas mães pediram pra fazer outro seminário no ano que vem, pois também querem contar suas histórias. Pra nós foi bom saber das histórias, foi interessante e divertido.
Comemoração do Aniversário da CrêSer 31/Quinta
Comemoração do Aniversário da CrêSer
Apagando as velas!!!
Dona Maria, representando as Mães da CrêSer
e recebendo a homenagem dos professores.
Avaliação dos Alunos:
Foi o dia que comemoramos a aniversário da CrêSer e fizemos a homenagem pras mães. A gente cantou com o Moacir a música das mães (só um versinho), foi divertido. A gente sempre canta nas aulas dele, sempre o mesmo verso, é o único que ele sabe. Pras mães demos o coração que fizemos pra cada uma, e a Thais trouxe um coração bem grande pra todas. O bolo de aniversário tava maravilhoso, foi a Carmen e a Sandra que fizeram. Comemoramos doze anos da CrêSer. E ainda teve reunião dançante na sala da Neca, a gente trouxe Cds e o Hilário trouxe um globo lá do Cmet.
Dia 13 de Abril a CrêSer abriu suas portas para um grupo de alunos e professores do Programa de Trabalho Educativo da Rede Municipal de Educação. A proposta era a realização de uma oficina de produção de sabonetes dermatológicos artesanais utilizando ervas medicinais. Os alunos vão servir de multiplicadores em suas escolas. A fórmula foi desenvolvida pelo Centro Agrícola Demonstrativo da SMIC-CADE.
Recepção inicial com a Direção da Cooperativa e
dinâmica coordenada pela Prof. Fátima.
O caminho para a Horta.
O sol estava presente
Colhendo as ervas da receita.
Iniciando a preparação.
Mão na massa.
Grande parceira Magali Dooppre, conhece tudo de sabonetes e velas.
Resultado pronto!!! Os coloridos são produção própria da Magali.
Brinde com suco verde!!
Coquetel de encerramento.
( Fotos cedidas pela Prof. Sílvia Leite Rios da Escola Lucena Borges )
Só lembrando para quem não conhece a CrêSer. O trabalho se divide em duas propostas que interagem entre si, com as turmas de educação de jovens e adultos pela manhã e as oficinas de trabalho pela tarde. No Blog as duas estão representadas. As 3 turmas de EJA possuem em média 15 alunos portadores de déficit intelectual, com idades que variam de 21 a mais de 50 anos. O grupo de professores é formado por dois Pedagogos, uma Prof. de Ed. Física, uma Prof. de Música e um Arte Educador. O planejamento é feito em conjunto levando em conta a experiências de cada um, formações, propostas dos alunos, etc...
Neste ano a opção foi discutir a temática indígena, seu modo de vida, sua espiritualidade, sua música, sua arte, suas dificuldades, a luta pela terra e pelo reconhecimento das suas práticas ancestrais. A luta dos povos indígenas precisa ser uma luta de todos, uma luta contra o aniquilamento físico e cultural que vem acontecendo com a população indígena do Brasil.
Mais de 250 povos e 180 línguas diferentes é um patrimônio cultural inestimável que precisa ser valorizado. Mais do que uma proposta pedadógica, as temáticas abordados no Eja visam a reflexão e o posicionamento crítico de todos os envolvidos no processo: pais, alunos/trabalhadores, professores, cooperados, amigos...
A professora Fátima trouxe um vídeo do Darcy Ribeiro chamado “Povo brasileiro”. O vídeo mostra como a chegada de outros povos no Brasil e a “mistura” com os indígenas que aqui viviam foram dando origem ao “povo brasileiro”. Fomos pesquisar a nossa “mistura” na origem dos nossos familiares e descobrimos que muitos de nós têm origem indígena e nem sabia.
Estudamos as impressões que os europeus tiveram do primeiros habitantes do Brasil e alguns dos preconceitos que continuam até hoje.
O Calendário Pataxó
Na nossa tentativa incessante de entender o que vem a ser o tempo, perceber sua passagem e aprender a marcar as etapas que se sucedem, a cada novo mês que chega montamos o calendário, marcamos semanas, dias, compromissos, datas significativas... mas a dificuldade segue. Entender os movimentos do tempo e o quanto ele interfere na nossa vida é um desafio constante e difícil de decifrar. Descobrimos que os índios Pataxós organizam o tempo deles de um jeito diferente. O calendário deles é bem diferente do nosso. “Parece uma pizza! Cada mês que passa a gente come um pedaço”, disse o Alex. “Também parece uma mandala, bem redondinho. O nosso é quadrado”, falou a Daiana. Vimos que outros povos também organizam o tempo em calendários redondos, como o dos índios: os chineses, os maias, os judeus... “mas esses aí são difíceis de entender” disse o Rodrigo; “isso parece coisa de grego”, disse a Fernanda. “Tá muito complicada essa coisa, disse Beth, o calendário dos índios é mais fácil. Vamos tentar fazer um parecido”
Estamos elaborando um “calendário pizza”, marcando cada mês com algo que seja significativo para a CrêSer e para todos que aqui trabalham.
